Os diastemas dentários são aberturas ou espaços entre dois dentes adjacentes no mesmo arco dentário. Muitos pacientes se incomodam esteticamente com esses espaços e buscam um cirurgião dentista para solucionar este tipo de situação clínica. Diferentes técnicas podem ser utilizadas para o fechamento de diastemas, como, o tratamento ortodôntico, ou o tratamento restaurador utilizando cerâmica odontológica ou resinas compostas. Em casos menos extensos, como diastemas unitários, a técnica restauradora com resinas compostas pode ser considerada uma opção viável.
O atual estágio dos sistemas adesivos diretos permite excelente desempenho clínico, além de apresentar ótimas propriedades ópticas, podendo reproduzir não só a cor, mas também a translucidez, textura e brilho da dentição natural. Assim, o domínio dos materiais é fundamental, no entanto, a técnica também deve ser treinada para obter o sucesso do tratamento. O objetivo deste trabalho é relatar, por meio de um caso clínico, a técnica de tratamento restaurador direto para o fechamento de diastema.
Descrição
do Caso
Paciente de 26 anos, gênero masculino, procurou atendimento para restauração nos dentes anteriores onde apresenta diastema apenas entre os dentes 21, 22 e 23. Radiograficamente, constatou-se normalidade das estruturas de suporte e pulpar. Considerando a possibilidade de reversibilidade do procedimento, tempo, e custo, optou-se pela restauração dos dentes empregando o sistema restaurador adesivo direto com resina Aura (SDI).
Discussão
Os atuais sistemas restauradores adesivos diretos apresentam inúmeras vantagens, como boa durabilidade, baixo custo, e rapidez de execução. Os resultados mecânicos e estéticos também têm sido amplamente relatados na literatura especializada. Conforme demonstrado no caso relatado, o fechamento de diástemas com resinas compostas pode ser considerado reversível. A idade do paciente deve ser considerada na decisão do plano de tratamento (restaurações diretas ou indiretas) para o fechamento de diástemas, possibilitando abordagens futuras sem prejuízo da resistência da estrutura dentária remanescente.
A etapa de acabamento e polimento não deve ser negligenciada, favorecendo a longevidade das restaurações, com menor perda de brilho e menor aumento da rugosidade superficial ao longo do tempo. Da mesma forma, a orientação ao paciente, cuidados e retornos periódicos para avaliação do trabalho são fundamentais.
Conclusão
O fechamento de diastemas utilizando as resinas compostas é um tratamento reversível, conservador e com excelente resultado estético.