O sorriso é amplamente valorizado na sociedade e contribui significativamente para a aparência e a apresentação pessoal. As técnicas de clareamento dental são vantajosas por proporcionar bons resultados estéticos e pela conservação da estrutura dentária, mas também apresentam limitações e riscos. Por isso, é essencial que o profissional entenda as diferentes causas das alterações de cor dentária e seus efeitos etiológicos para selecionar o agente e a técnica de clareamento mais adequados.
As alterações de cor nos dentes são classificadas em extrínsecas, causadas por fatores externos, e intrínsecas, que são congênitas ou adquiridas e se incorporam diretamente à estrutura do dente. As manchas intrínsecas geralmente requerem clareamento ou procedimentos mais invasivos, como desgaste ou restaurações dentárias.
Os agentes clareadores funcionam principalmente por oxidação de compostos orgânicos. São instáveis e liberam radicais livres, como o oxigênio nascente, que oxida pigmentos dentários, clareando-os e transformando compostos pigmentados de carbono em grupos hidroxila incolores.
Devido à alta concentração desses agentes, um problema comum é a sensibilidade dentinária. Para minimizar isso, clareadores como o Pola Office incluem dessensibilizantes em sua composição, como o nitrato de potássio, que atua nas terminações nervosas bloqueando a transmissão dos impulsos nervosos e proporcionando alívio da sensibilidade.
Portanto, o relato a seguir detalhará cada etapa do clareamento de consultório realizado com o clareador Pola Office da SDI, destacando os procedimentos e considerações envolvidas no tratamento.
RELATO
DE CASO
Paciente FFP, 22 anos de idade, sexo feminino, compareceu à clínica integrada da UFRN, queixando-se da aparência estética do seu sorriso. Questionando sobre seus hábitos, a paciente relatou não ter vícios, como tabagismo e uso demasiado de café. Também não relatou trauma ou uso de antibióticos frequentes. No exame extraoral não relatou nada digno de nota, ao passo que no intraoral foi observado alguns desgastes incisais, devido ao bruxismo que a paciente relatou.
O paciente foi instruído sobre as recomendações pós-clareamento e o protocolo clínico utilizado, ela se comprometeu a cooperar e o seguinte protocolo clínico foi executado:
PROTOCOLO CLÍNICO:
1. Profilaxia dos dentes com pedra pomes e água;
2. Seleção da cor com a escala Vita Clássica (Vita Zahnfabrik, Bad Säckingen, Alemanha), conforme Fotografia 2;
3. Proteção dos tecidos moles (afastador labial ArcFlex e SDI Ggival Barrier), conforme figura 3;
4. Preparo do material clareador (conforme o fabricante);
5. Aplicação do gel clareador 3 vezes (Pola Office sem uso de luminosidade);
6. Remoção do gel com sugador e água (após 5 min.);
7. Remoção da barreira gengival e da proteção labial;
8. Lavagem com água;
9. Aplicação do Desensibilize;
10. Recomendações ao paciente.
O método utilizado para a administração do gel clareador foi o recomendado pelo fabricante, com três aplicações de oito minutos cada. Logo após, houve a remoção do gel e aplicação do dessensibilizante conforme as fotos sequenciais.
Na primeira sessão, a paciente já se mostrou satisfeita com o seu sorriso. Ao compararmos a escala Vita, observamos que já houve mudança significativa de cor, bem como uma translucidez incisal. Nessa paciente, fizemos três sessões com espaço de sete dias entre elas, e chegamos ao resultado conforme a sequência das imagens.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. Bispo LB. Clareamento dentário contemporâneo “high tec” com laser: uma revisão. Revista Odonto Ciência – Fac Odonto/PUCRS
2006; 21(51).
2. Conceição EN. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre, Artes Médicas Sul; 2000.
3. Baratieri LN, Junior SM, Andrada MAC, Vieira LCC. Clareamento dental. 1.ed. São Paulo: Livraria Santos; 1993. p.4-7.
4. Baratieri LN. Clareamento dental. São Paulo: Santos; 1995.